quarta-feira, 19 de novembro de 2008

Resumo da minha Monografia

ROCHA, Danilo Pereira da. Conceitos: as conceitualizações dos professores de 3ª e 4ª séries da Rede Municipal de Ensino da Cidade de Ibititá sobre a Educação Ambiental. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação). Licenciatura em Pedagogia: Docência e Gestão de Processos Educativos, Campus XVI, Departamento de Ciências Humanas e Tecnologias, Universidade do Estado da Bahia, Irecê: 2008.


O objetivo principal deste trabalho é mostra como os professores conceituam a Educação Ambiental, e como essas conceitualizações são evidencias em suas práticas educativas. Assim, para que este objetivo pudesse ser alcançado foram realizadas observações e foi aplicado um questionário, sendo este aplicado a uma amostra de 20% dos professores que lecionam nas 3ª e 4ª séries do Ensino Fundamental da Rede Municipal de Ensino de Ibititá. Esta monografia percorrer o histórico da Educação Ambiental, desde o início do uso desta nomenclatura, passando pelas conferências promovidas pela ONU, mostrando as diversas vertentes construídas a partir destas conferências, chegando à legislação brasileira que orienta suas ações em nosso País. É também mostrado o contexto mais amplo da pesquisa, que é a cidade de Ibititá, são apresentados aspectos históricos, geográficos, econômicos e educacionais. A parte mais importante deste trabalho está contida no terceiro capítulo, nele é mostrado o resultado da pesquisa, que são os conceitos construídos pelos professores sobre a Educação Ambiental, e como este direcionam as práticas destes professores. Foi percebido, com base na análise dos dados, que a vertente conservacionista da Educação Ambiental é mais exercida pelos professores, e que apesar de terem consciência do caráter interdisciplinar da Educação Ambiental, esta é plenamente realizada na disciplina de ciências. A Educação Ambiental deve ser realizada em uma perspectiva que interligue o Meio Ambiente, re-conectando o homem a ele, e que pense a crise ambiental, como antes de tudo uma crise civilizatória, perpassando sua solução por mudanças de concepções de sociedade, e principalmente de homem.

Palavras - chave: Educação Ambiental, Conceitos, Conservacionista e Professores.

p.s. esterei upando minha mono em um HD virtual, para quem quiser fazer o download.

quarta-feira, 15 de outubro de 2008

Se findaram os estágio!

bem pessoal, os estágios da faculdade se findaram com o Estágio em Espaços ñ-formais de Educação. Foi um honra poder dividir minhas experiências com vcs! Em breve posto minha Monografia, me desejem sorte nela!!!

p.s. comentem ai o que vcs acharam dos meus trabalhos!! será uma honra poder ouvir vcs!! Obrigado

quarta-feira, 8 de outubro de 2008

Afasta de mim este Calice (Angelica Colpo, Danilo Rocha & Iara Barreto)

Justificativa

Como mostrar o resultado de um trabalho? As experiências, os aprendizados, o cotidiano construído durante sua realização? O relatório é uma forma de apresentar e contextualização como foi desenvolvida uma atividade, neste caso o estágio em espaços não-formais de educação, ele terá aqui a função de mostra a toda a comunidade acadêmica da Universidade do Estado da Bahia, e a toda a sociedade da microrregião de Irecê, os resultados de nosso estágio.

O estágio desenvolvido a partir do Projeto, Política e Cidadania: sentidos e diferenças tinha como objetivo fomentar as discussões sobre a importância da conscientização política, que sem titubear, afirmamos ter alcançado, sabemos que não foi somente pela atividades desenvolvidas, mas pela repercussão da censura que recebeu.

A censura ocorreu impedindo a realização da culminância de nosso estágio, foram utilizados meios remetem ao Regime Militar em nosso país, e que fez nos lembrar do papel dos estudantes universitários perante a sociedade, e também que, antes de tudo somos cidadão.

Desta forma, o presente relatório além de ter a função de apresenta como foi realizado nosso estágio, terá também a função de mostrar o papel dos estudantes universitários enquanto, infelizmente, pequena parcela da população que tem acesso a conhecimentos que fomentam a construção de meios que possibilitam a exerce a cidadania em sua plenitude. Vale ressaltar que exerce a consciência política é exercer a cidadania plena.





Desenvolvimento

No dia 12/08/2008, após uma reunião na casa da discente Angélica, foi elaborado várias possibilidades de temática para o Projeto de Estágio, como: educação ambiental, associativismo, saúde, etc.. Porém, percebíamos que nenhuma das temáticas teria uma atenção por parte das associações, devido ao cunho eleitoral (eleição municipal 2009) que estávamos passando no momento. Devido este fato, pensamos uma proposta que trabalhasse política e politicagem chegando a definir o título do nosso trabalho “Política, politicagem e cidadania: diferenças e sentidos”.

No dia seguinte, levamos a proposta para professora do componente Pesquisa e Estágio, Flávia Lorena, no qual fomos alertados que “estaríamos mexendo em casa de marimbondo”, modificando o título do projeto para: “Política e Cidadania: sentidos e diferenças”. Com esta proposta, trabalhamos a temática na perspectiva de Hanna Arendt, Aristóteles, Niccoló Machiavelli (Maquiavel), Vitor Santos, Alain Touraine.

Em 20/08/2008, apresentamos todo o conteúdo do nosso projeto, tendo como culminância uma entrevista e debate entre os candidatos a prefeito do município de Ibititá. No dia 22/08/2008, levamos a proposta a conhecimento da direção do Campus, emitindo o convite para ambos os candidatos, Drº Edson Pereira de Oliveira e Francisco Moitinho Dourado. Neste mesmo dia fomos entregar os convites e apresentar nossa proposta para execução do projeto. Ao chegarmos à casa do Sr. Francisco, fomos recepcionados pela sua esposa, onde “educadamente” recusou a receber o convite dizendo “que não era uma ordem judicial para ser obrigado ficar com aquele papel”. Então procuramos o Drº Edson, apresentamos nossa proposta, aceitando o convite e assinando nosso regulamento.

No 25/08/08, procuramos novamente o Sr. Francisco, que nos atendeu, com palavras de baixo calão e agressivas, tomando o nosso convite como uma ofensa. Na ocasião, agradecemos por sua educação em nos receber ali no meio da rua e nem se quer ter uma possibilidade de dialogar, pois, deixou claro em suas palavras o seu autoritarismo e prepotência.

Após, colocamos nosso planejamento em prática. Primeiro foram emitidos ofícios, para provar a seriedade de nosso trabalho, sendo emitidos para: Câmara de Vereadores de Ibititá (seria o local para realizarmos a nossa entrevista), que foi concedido por o presidente Adailson Paiva no dia 25/08/08; Rádio Rochedo FM, sendo entregue para ao presidente Daniel Marques; a Polícia Militar, ao Comandante Elionardo Modesto Dourado, ambos no dia 02/09/08.

O cronograma do projeto foi dividido em três fases; A 1ª fase foi em 27 e 28/08/08, com a apresentação das propostas ao presidente do Conselho das Associações Comunitárias de Ibititá - CACI e ao candidato a prefeito que aceitou o convite, Drº Edson Pereira de Oliveira.

Durante esta apresentação deixamos bem claro que não era fazer campanha político-partidária para nenhum candidato. Assim, tivemos a aprovação do presidente em realizar o estágio, mas percebemos que ficou visivelmente preocupado quanto ao pouco tempo para realizar este projeto em todas as associações, porque segundo ele, “tinha qualidade e expressávamos confiança, porque tínhamos conhecimento para trabalhar o assunto”.

A CACI tem um quadro de trinta e oito associações comunitárias, destas o projeto foi executado na CACI (aos presidentes das associações), Associação Rural dos Agricultores de Mata Verde, Associação Comunitária dos Jovens Unidos em Cristo da Rua de Gino, Associação Rural das Mulheres de Caldeirão da Pedra. É válido ressaltar, que o Sr. Jânio (presidente da CACI), nos ajudou de maneira significativa para a realização do estágio, fazendo modificações na agenda de trabalho do conselho para viabilizar o projeto.

Ao apresentar o conteúdo do projeto a Dr. Edson, os assessores e seu advogado Dr. Afonso Mendonça, ficamos surpresos com a receptividade da proposta, mas fomos questionando sobre a forma da elaboração das perguntas; sendo que, as perguntas seriam elaboradas pelos membros das associações separadas por tema; educação e cultura, saúde, urbanismo, economia e meio ambiente.

A 2ª fase execução do projeto foi iniciada na CACI, no dia 05/09/08, com um público aproximado de 50 pessoas no período matutino e no vespertino de 28 pessoas. A pauta foi trabalhada com sucesso, tendo a participação e envolvimento do grupo. Durante a apresentação dos conceitos de política e cidadania, fizeram relações com contexto das associações, chamando a nossa atenção para os relatos do surgimento de cada associação, o exercício da cidadania fazia-se presente na relação da luta por direitos e deveres a todos, exemplificados por questões de opressão e falta de oportunidades para as famílias carentes dos povoados.

Na apresentação do conceito política, contestaram nossa fala quanto o sentido da “política é a liberdade”, na fala da presidente da associação do bairro do Gelo a Srª Arleide, ela diz que percebe a política de forma inversa dizendo: “estamos presos a um sistema corrupto, que acaba com esperança de liberdade do ser humano, deixando os pobres, os mais carentes dependentes de uma prefeitura, de um chefe político, etc.”. Percebemos que em suas palavras trazia algum tipo de angústia que poderia esta passando no momento. Nossa ação perante este pronunciamento era estabelecer relação sobre as particularidades de cada associação, dizendo que as necessidades de organizar para forma um grupo que trabalhe voluntariamente para o bem da comunidade é o real sentido de liberdade e de promover a política e cidadania para que as pessoas exerçam o direito de cidadão.

Na Associação Rural dos Agricultores de Mata Verde, em 06/09/08, tivemos uma boa recepção dos associados, assim, fomos apresentados pela presidente a Srª. Vablessa, na sede de uma das propriedades rurais do povoado. Apresentamos a proposta do projeto, de acordo com a pauta. O trabalho transcorreu sem muitas intervenções.

O número maior de associados foi no período vespertino, devido à feira livre que ocorre no sábado pela manhã. Ao retornar, fizemos um pequeno resumo dos conceitos abordados, em seguida levantamos a hipótese de fazer uma entrevista com os candidatos a prefeitos do município, já convidando para elaborar as perguntas para serem questionadas durante o evento. Devido à distância desta localidade para a cidade, encerramos às 17h, deixando a critério da presidente da associação elaborar outros questionamentos.

Desta maneira, também trabalhamos com a Associação Comunitária dos Jovens Unidos em Cristo da Rua de Gino (08/09/08) e na Associação Rural das Mulheres de Caldeirão da Pedra (09/09/08). Nestas associações conhecemos seus anseios, projetos, as histórias das associações, que deixou-nos muito próximos da realidade do povoado e dos membros da mesma. Percebemos em suas atitudes de confiança em relação a nós estagiários, tendo vários momentos que nos deixaram emocionados.

Foi perceptível que durante o turno matutino a maior participação foi dos jovens, e no período vespertino eram de pessoas com mais idade nas duas associações, devido o fato que os jovens estudam na sede do município. Os temas foram trabalhados numa perspectiva contextualizada com a conversa que tivemos durante a acolhida e apresentação. Estas relações que fizemos com o contexto do povoado e conteúdo trabalhado proporcionaram momentos de ensino-aprendizagem que ultrapassou nossas expectativas. Isto foi demonstrado durante a construção do quadro comparativo e elaboração das perguntas.

Uma jovem chamada Claudineia, falou do seu sonho em cursa uma faculdade, e a causa deste sonho está tão distante. Em suas palavras humildes expressaram a alegria do povoado e a associação de nos receber, agradecendo, termos saído de longe para tentar levar o que nos estudamos na faculdade. Esta garota de 17 anos é mãe e ficamos angustiados ao saber que apenas tinha estudado a 6ª serie do ensino fundamental, não podendo dar continuidade nos estudos devido à opção que tinha feito de cuidar de seus filhos, marido e trabalhar na roça. Ela elaborou a seguinte pergunta: “A juventude precisa mais que boa vontade, precisa de oportunidade. Como o futuro prefeito irá fazer para que estas oportunidades cheguem até Lagoa da Pedra?”.

A presidente Edilane, nos relata que “o único e maior objetivo da associação é a luta de direitos iguais a todos de Lagoa da Pedra”. O nosso discurso ficou mais motivado, e todo cansaço que estávamos demonstrando parecia ter desaparecido. Fizemos toda a proposta que estava em pauta, e no decorrer das atividades os participantes colocavam alguns problemas da localidade. Durante a elaboração das perguntas expressarão sobre: saúde e educação como sabemos é o sustentáculo de qualquer ser humano, a falta de coleta de lixo, geração de emprego e renda, incentivo a agricultura familiar, esporte, iluminação pública, estrada, meios de comunicação, telefone público, etc.

A pergunta que recebemos e fomos obrigados a não sair sem esclarecê-la foi: “se somos iguais, por que o voto não é direito de todos?”. Esta pergunta não foi assinada, e retomamos alguns pontos centrais de nossa palestra, para esclarecer esta pergunta.

Todo o conteúdo deste trabalho foi a conhecimento da comunidade civil em entrevista que concedemos através da rádio Rochedo FM, na cidade de Ibititá, deixando registrado naquele momento, a possibilidade de ser agendada a entrevista com o outro candidato Sr. Francisco, que em nenhum momento nos procurou. O parágrafo a seguir, deveria ser o mais importante do trabalho, seria a 3ª fase do projeto, a culminância. A entrevista com o candidato Dr. Edson.

Contudo este parágrafo não relata a culminância de nosso estágio, pois utilizarão meios que a ética e a seriedade estão longe de aprovarem. Devido às conseqüências de calunia e difamação que foram feitas nós estagiários, não iremos relatar o sofrimento e humilhação no qual passamos proporcionados por vários agentes oportunistas, que fazem parte deste município, começando pelos maus educadores e a elite política que atualmente administra esta cidade. Desta forma, voltamos no tempo da ditadura militar, em que a democracia e cidadania não faziam parte do vocabulário do povo. Sendo motivo de chacota para a cidade, devido a não aceitação do prefeito, boicotando o local do evento, a Câmara de Vereadores que ironicamente se chama “a casa do povo”, o comandante do destacamento policial foi pedi permissão ao prefeito para participar do evento e demais pessoas que ironicamente ditaram como donos da verdade sem se quer ter conhecido o projeto. Assim, fomos impedidos de realizar o evento.


Conclusão geral

O percurso ao longo da execução do projeto nos proporcionou uma situação ímpar de grande importância. Durante as suas fases de desenvolvimento, em que discutimos os conceitos dos termos política e cidadania, pudemos perceber os diversos sentidos e reflexos que esses dois termos podem causar, principalmente quando usados equivocadamente. Contudo percebemos que não há um conceito neutro desses dois termos para nenhum dos membros de associações que foram abrangidos pelo projeto.

Após a finalização do projeto, percebemos que atingimos nossos objetivos, principalmente quando direcionamos as discussões à fomentação sobre a importância da conscientização política para o exercício da cidadania. Porque quando o assunto é política, seu sentido resume-se ao período eleitoral e partidos políticos.

A culminância do projeto, a qual seria realizada um debate político e a posteriori uma entrevista com os candidatos, talvez tenha sido o ápice do reflexo do nosso projeto. Nesse período, os verdadeiros sentidos dos termos em destaque pelo projeto, foram a nós apresentados distorcidamente por alguns membros de partidos políticos, refletindo uma conotação negativa. O curioso, e aparentemente paradoxal, é que esse projeto suscitou tanta polêmica e tanta admiração ao mesmo tempo. Isso nos fez analisar sobre a (i) limitação daqueles que detêm o poder político.

Diante de todo esse cenário no seio político partidário, acreditamos que a população ibititaense encarnou as novas formas de abordar os conceitos sobre política e cidadania, percebendo que esses conceitos têm a ver com a sua sede por utopias.

Portanto, dentro das diversas formas de abordagens e explicação das quais nortearam o período de execução de nosso projeto, com palestras realizadas em diversas comunidades do município de Ibititá, levamos a frente à necessidade de compreensão de diversos termos, tão presentes em nosso cotidiano e os aspectos idiossincráticos a estas relações e ao seu próprio contexto sócio-cultural.


Conclusões Individuais

Angélica Dourado Colpo

“Refletir sobre este processo de ensino-aprendizagem é pensar em propostas e alternativas pedagógicas que estabeleça uma consonância com as novas demandas educacionais no discernimento dos espaços não-formais. Para esta realidade, a proposta abordada contextualizava a responsabilidade política, do dever de lutar por justiça social e uma sociedade verdadeiramente democrática e para todos, exercendo assim, o direito de ser cidadã.

Lançamos esta proposta, e parecia que tivesse descobrindo o grande tesouro. Ao elaborarmos a execução do projeto coloquei meus sentimentos, emoções, ideologias, e a essência do que é ser um pedagogo, pois, acredito que nós pedagogos somos políticos natos, porque o sentido da política é a liberdade, e está intimamente ligada pela luta do que acreditamos. Uma vez que, nós pedagogos, batalhamos por o direito a vida, a liberdade, a educação, a direitos civis, sociais e políticos para todos. Desta forma, jamais acreditaríamos de ser caluniados, difamados, como se fossemos manipulados por algum partido político.

Neste momento acredito que contribui para meu crescimento intelectual e amadurecer. Pois, não acredito mais em contos da carochinha, em justiça, autonomia a não ser da minha casa, no ser humano com carinha de bom samaritano. Desilusões sim. Arrepender já mais.

Partindo de todos os estágios, o espaço não-formal trouxe outras possibilidades de aprendizagens, trazendo uma grande importância enquanto graduando de interferir na realidade, como sujeito que apenas não reproduz o que vivenciamos na graduação, mas que, através de estudos e leituras, vivencia, reconstrói e transforma sua realidade e ajuda a transformar a realidade de outras pessoas em especial os membros das associações que trabalhamos.

Assumimos um importante papel na transformação desta sociedade. E tenho consciência que desenvolvemos um trabalho com qualidade e competência, por isso, incomodamos, e como incomodamos, explicando assim as maneiras que utilizaram para nos deter.

Portanto, neste emaranhando de palavras, de sentimentos, percebo a importância de todos aqueles co-autores que mim ajudaram na construção do novo significado que propiciou a descoberta, o conhecer, o espaço não-formal. “Não posso deixar de agradecer a Deus, aos membros da CACI, as associações que nos acolheu, minha família, e os verdadeiros amigos pelo apoio no momento mais difícil que passei, em especial Iara e Danilo”.



Danilo Pereira da Rocha

“Ninguém pode construir em teu lugar as pontes que precisará passar para cruzar o rio da vida, ninguém – exceto tu, só tu”
Nietzsche

Quando entrei na universidade procurava uma profissão, que me possibilitasse um trabalho com o qual pudesse ter independência financeira, consegui muito mais que isso. Consegui conhecimento, que me possibilitou a exerce minha independência intelectual, política e a exerce minha cidadania.

Em todos os estágios pude colocar em prática os conhecimentos pedagógicos, que não se referem somente a como ensinar, pelo contrario, estes conhecimentos referem-se a todo contexto social em que o processo educativo esta inserido. A partir dos conhecimentos pedagógicos analisamos toda a realidade que permeia a comunidade aonde ser realizada a ação educativa.

O estágio nos espaços não-formais de educação nos possibilitou romper as barreiras do ensino formal, que muitas vezes desumaniza a ação educativa, conseqüência do não conhecimento por parte do educador da realidade dos educandos, o que é raro acontecer no ensino não-formal, pois o conhecimento da realidade é fundamental para o desenvolvimento das metodologias para se alcançar a aprendizagem.

E isso foi o que fomentou a minha aprendizagem, conhecer a realidade dos educandos possibilitou a construção de conhecimento humano, social, que fortificaram a minha consciência sobre a importância do exercício da cidadania.

Os acontecimentos que ocorreram impedindo a culminância de nosso estágio proporcionaram-me um aprendizado que tenho certeza que foi um dos mais importantes da minha vida: a lutar pela liberdade e pelo que eu acredito!



Iara Barbosa Coelho Barreto

Acredito que muito aprendemos durante a realização do nosso estágio, principalmente pelo fato de executarmos um trabalho com o tema Política e cidadania: sentidos e diferenças, no seio da turbulência do período eleitoral, no qual a sociedade Ibititaense estava passando. Percebo que agimos não apenas como mediadores, mas também como operadores, na medida em que somos protagonistas ativos do próprio processo político.

Somente o conhecimento, a informação podem ser instrumentos para o indivíduo galgar o acesso da ingenuidade para a consciência crítica. Baseado nesse propósito, construímos, executamos e finalizamos o estágio, onde vários fatores tentaram impedir sua conclusão baseados na lei do “mais forte”. Percebemos que, de fato, os termos política e cidadania ainda são entendidos como ações separadas entre si e os conceitos de cada uma dessas palavras estão limitadas ao período eleitoral, partidos políticos e corrupção. Todavia, creio que fomos cumpridores do nosso papel enquanto estudantes, difundindo os conceitos mencionados no projeto e somos responsáveis pelo respaldo emitido pela finalização do nosso estágio.



Referências

AMARAL, Manoel. A teoria política no mundo moderno. Veja, São Paulo, n. 42, p. 162. outubro, 2003.
BARBOSA, Bia. Falta de informação limita participação popular. Cidadania na Internet. Rio de Janeiro, agosto 2008. Disponível em: http://www.cidadania.org.br/conteudo.asp. Acesso em 18.08.2008.
SANTOS. Vitor. Política é cidadania. Folha Universal, São Paulo. ed. 774 p.18. Setembro, 2004.
SILVA. Marina. O improvável e o imprevisível. Folha de São Paulo. São Paulo. Julho, 2008.
STRATHERN, Paul. Maquiavel em 90 minutos. JZE. Rio de Janeiro. 2000.
TOURAINE, Alain. Crítica da Modernidade. O que é democracia? 6. ed. São Paulo: Vozes, 2000.

Politica e cidadania: diferenças e sentidos (Angelica Colpo, Danilo Rocha & Iara Barreto)

Apresentação

Nossa ação política está presente em todos os momentos da vida, seja nos aspecto privado ou público. Vivemos com a família, relacionamos com as pessoas no bairro, na escola, somos partes integrantes da cidade, pertencemos a um Estado e País.

Assim, influímos em tudo o que acontece em nossa volta. Podemos jogar lixo nas ruas ou não, podemos participar da associação do nosso bairro ou fazer parte de uma pastoral ou trabalhar como voluntário em uma causa em que acreditamos. Podemos votar em um político corrupto ou votar num bom político, precisamos conhecer melhor propostas, discursos e ações dos políticos que nos representam.

Deste modo, percebemos que a sociedade contemporânea tem passado por um período de inovação política (tanto partidária quanto social) marcado por discussões e transição ideológicas. Diante dessa afirmação, observamos que há um choque de idéias e conceitos diante dos termos política e cidadania para a sociedade, principalmente pelo uso equivocado de suas expressões.

Nesta perspectiva, compreendemos que é através das nossas atitudes e omissões, que fazem parte de nossa ação política perante a vida. Somos responsáveis politicamente (no sentido grego da palavra) pela luta por justiça social e uma sociedade verdadeiramente democrática e para todos. Desta forma, surgiu a necessidade de uma discussão aprimorada sobre termos e sua utilização no vocábulo dos cidadãos do município de Ibititá, localizado no estado da Bahia.

O termo cidadania, enquanto expressão política do momento irá nortear grande parte das discussões a serem feitas durante todo o período da realização do estágio. Pois, acreditamos ser de extrema importância à execução desse projeto, principalmente, pelo período eleitoral ao qual o então município vem passando; culminando então todas as discussões em uma entrevista e debate entre os candidatos a prefeitura municipal, o que reafirma e explicita ainda mais fortemente, o objetivo deste projeto.


Objetivo Geral

Fomentar a discussão sobre a importância da conscientização política para o exercício da cidadania.

Objetivo Específicos

*Discutir os conceitos de política, cidadania e suas relações.
*Promover debate político ente os candidatos à Prefeitura Municipal de Ibititá.
*Promover entrevista com os candidatos à Prefeitura Municipal de Ibititá.


Fundamentação Teórica

O sentido da política é a liberdade. A idéia de política e de coisa pública surge pela primeira vez na polis grega considerada o berço da democracia. O conceito de política nasceu na cidade grega de Atenas e está intimamente ligado à idéia de liberdade, que para o grego é a própria razão de viver.

Na perspectiva de Arendt (apud SILVA, 2008) e os conceitos de política grega nos diz que "A política baseia-se no fato da pluralidade dos homens", portanto, ela deve organizar e regular o convívio dos diferentes e não dos iguais. Para os antigos gregos não havia distinção entre política e liberdade e as duas estavam associadas à capacidade do homem de agir, de agir em público que era o local original do político. O homem moderno não consegue pensar desta maneira pelas desilusões em relação ao político profissional e a atuação desses no poder.
Na tradição ocidental, exatamente com a tradição a chinesa, ligava a política tanto a ciência como a atividade política, a ética, a política em termos claros, de certo e errado, justo e injusto, correto e incorreto. Aristóteles define a política como extensão da ética. Os termos morais usados para avaliar as ações humanas eram termos empregues para avaliar as ações políticas.

Maquiavel (apud AMARAL, 2003) foi o primeiro a discutir a política e os fenômenos sociais nos seus próprios termos sem recurso à ética ou a jurisprudência. De fato pode-se considerar Maquiavel como o primeiro pensador ocidental de destaque a aplicar o método cientifico de Aristóteles a política. Assim, para Maquiavel, a política era a única coisa a conquistar e manter o poder ou a autoridade. Todo o resto – a religião, a moral, etc. – que era associado à política nada tinha a ver com este aspecto fundamental – tirando os casos em que a moral e a religião ajudassem a conquista para a manutenção do poder. A única coisa que verdadeiramente interessava para a conquista e a manutenção do poder, era torna-se calculista; o político bem sucedido sabe o que fazer ou o que dizer em cada situação.

Não é fácil discutir a questão da política nos dias de hoje. Estamos carregados de desconfianças em relação aos homens do poder. Porém, o homem é um ser essencialmente político. Todas as nossas ações são políticas e motivadas por decisões ideológicas. Tudo que fazemos na vida tem conseqüências e somos responsáveis por nossas ações. A omissão, em qualquer aspecto da vida, significa deixar que os outros escolham por nós. (SILVA, 2008).

Contudo, não podemos confundir que política é simplesmente o ato de votar. Estamos fazendo política quando tomamos atitudes em nosso trabalho, quando estamos conversando, quando exigimos nossos direitos de consumidor, etc.

A política está presente quotidianamente em nossas vidas: na luta das mulheres contra uma sociedade machista que discrimina e age com violência; na luta dos portadores de necessidade especiais para pertencerem de fato à sociedade; na luta dos negros discriminados; dos homossexuais igualmente discriminados e desrespeitados; enfim, na luta de todas as minorias por uma sociedade inclusiva que se somarmos constituem a maioria da população. Assim, estaremos exercendo o direito de cidadão.

No entanto, a história da cidadania confunde-se em muito com a história das lutas pelos direitos humanos. A cidadania esteve e está em permanente construção; é um referencial de conquista da humanidade, através daqueles que sempre lutam por mais direitos, maior liberdade, melhores garantias individuais e coletivas, e não se conformam frente às dominações arrogantes, seja do próprio Estado, de outras instituições ou pessoas que não desistem de privilégios, de opressão e de injustiças contra uma maioria desassistida e que não se consegue fazer ouvir, exatamente porque se lhe nega a cidadania plena cuja conquista, ainda que tardia, não será dificultada. (TOURAINE, 2008).

Ser cidadão é ter consciência de que é sujeito de direitos. Direitos à vida, à liberdade, à propriedade, à igualdade, enfim, direitos civis, políticos e sociais. Mas este é um dos lados da moeda. Cidadania pressupõe também deveres. O cidadão tem de ser consciente das suas responsabilidades enquanto parte integrante de um grande e complexo organismo que é a coletividade, a nação, o Estado, para cujo bom funcionamento todos têm de dar sua parcela de contribuição. Somente assim se chega ao objetivo final, coletivo: a justiça em seu sentido mais amplo, ou seja, o bem comum.

Mas, a noção de política está apoiada num vocábulo grego, polis (cidade), e cidadania se baseia em um vocábulo latino correspondente, civitatem. Embora a origem etimológica seja diferente, os dois termos propõem que se pense na ação da vida em sociedade (ou seja, em cidade). Isso significa que não é possível separar os conceitos.

Hoje, encontramos uma série de discursos, lemas, planos pedagógicos e governamentais que falam em cidadania como se ela fosse uma dimensão superior à política. Muito se diz que a tarefa da escola é a promoção da cidadania, sem interferência da política. Não se menciona o conceito de política, como se ele fosse estranho ao trabalho educacional; com isso, pretende-se dar à cidadania um ar de idéia nobre, honesta, de valor positivo. Sob essa ótica, política é sinônimo de sujeira, patifaria, corrupção. “Claro que não é assim”.

Ambas as palavras e ações se identificam. Porém, temos rejeição ao conceito política, como se ele pertencesse a uma área menos significativa e menos decente que a cidadania. Não se deve temer a identidade dos conceitos, pois só assim é possível construir cidadania, no sentido político do termo: bem comum, igualdade social e dignidade coletiva.

Portanto, torna-se necessário debater a política e isso é debater a cidadania. Falar em política envolve também os partidos, mas não se esgota neles. É toda e qualquer ação em sociedade, portanto, toda e qualquer ação em família, em instituições religiosas e sociais, no mundo das relações de trabalho, sendo que é na política que a cidadania se reinventa.


Metodologia

Público Alvo –
Conselho das Associações Comunitárias de Ibititá - CACI.
Associação Rural dos Agricultores do Povoado de Mata Verde.
Associação Comunitária Jovens Unidos em Cristo da Rua do Gino.
Associação Rural das Mulheres de Caldeirão da Pedra.

1ª Fase:
Data - 22/08/2008
Apresentação do Projeto “Política e Cidadania: Sentidos e Diferenças aos Candidatos a Prefeito.
- Serão apresentados os conceitos de política e cidadania para justificar nossa proposta.
- Apresentar o regulamento da entrevista e debate.
Data – 25/08/2008
Reformulação da Proposta: devido a não aceitação de um dos candidatos a proposta do debate foi retirada, ficando então apenas a proposta da entrevista.
Data – 26/08/2008
Apresentação do Projeto ao Presidente do Conselho das Associações Comunitárias de Ibititá, Sr. Jânio Francisco Xavier.

2ª Fase:
Rádio Comunitária Rochedo FM. 04/09/2008
Conselho das Associações Comunitárias de Ibititá. 05/09/2008.
Associação Rural dos Agricultores do Povoado de Mata Verde. 06/09/2008.
Associação Comunitária Jovens Unidos em Cristo. 08/09/2008
Associação Rural das Mulheres de Caldeirão da Pedra. 09/09/2008.

Matutino:
- Apresentação do Projeto
*Acolhida
*Observações sobre a palestra
-Conversa Inicial
*O que é política? O que é cidadania?
*Qual a diferença entre política e ciadadania?
*Qual a relação da política com a cidadania?
*Qual o momento que estamos agindo como cidadãos?
-Apresentar os conceitos de política e cidadania e suas relações.
-Construir um quadro comparativo sobre os conceitos – política e cidadania.
Vespertino:
-Retomar os conceitos apresentados no turno anterior.
-Levantar a hipótese de fazer entrevista.
-Construir perguntas para a entrevista.
-Apresentar o regulamento da entrevista.
-Avaliação dos momentos trabalhados.

Obs: Esta fase de nosso trabalho será levada para o espaço da rádio comunitária desta cidade, para a sociedade civil contribuir com a elaboração das perguntas deste trabalho.

3ªFase:
Data – 10/09/2008.

Noturno:
-Culminância do Projeto:
*Entrevista com o candidato que agendou.


Avaliação

A avaliação neste projeto é pensada na perspectiva do diálogo e da análise. A análise será feita a cada instante da realização do estágio, sempre retomando o objetivo geral do projeto. Desta forma, análise das atitudes e dos conhecimentos trazidos pelos participantes, e produzidos a partir do estágio, serviram como principal meio de avaliação do projeto.

O diálogo com os participantes será também de grande importância na avaliação, pois neste momento, saberemos como eles avaliam nossas atividades, nosso desempenho e o próprio conhecimento produzido. A avaliação em um projeto que de trata de política e cidadania, não pode ocorre de outra forma que não seja através de atitudes e do dialogo.


Referências

AMARAL, Manoel. A teoria política no mundo moderno. Veja, São Paulo, n. 42, p. 162. outubro, 2003.

BARBOSA, Bia. Falta de informação limita participação popular. Cidadania na Internet. Rio de Janeiro, agosto 2008. Disponível em: http://www.cidadania.org.br/conteudo.asp. Acesso em 18.08.2008.

SANTOS. Vitor. Política é cidadania. Folha Universal, São Paulo. ed. 774 p.18. setembro, 2004.

SILVA. Marina. O improvável e o imprevisível. Folha de São Paulo. São Paulo. julho, 2008.

STRATHERN, Paul. Maquiavel em 90 minutos.JZE. Rio de Janeiro. 2000.

TOURAINE, Alain. Crítica da Modernidade. O que é democracia?. 6.ed. São Paulo: Vozes, 2000.

sexta-feira, 20 de junho de 2008

PRÁXIS PEDAGOGICA: UM PROCESSO CONSTRUIDO ATRAVÁS DO DIÁLOGO ENTRE TEORIA E PRÁTICA. ANGÉLICA DOURADO COLPO & DANILO ROCHA

APRESENTAÇÃO

O desenvolvimento de uma proposta de estágio é resultado de um processo de observação e análise da realidade em que se pretende interferir. Ao observar a turma onde estagiamos, encontramos um ensino descontextualizado, e que não partia das necessidades ou dos questionamentos dos alunos.

Foi a partir desta realidade que propusemos construir nossa práxis pedagógica, o mais próxima das necessidades dos alunos, e orientando-a para que os alunos pudessem desenvolver aprendizagens significativas. Para que isto pudesse acontecer trouxemos com eixo orientador de nosso estágio a Educação Ambiental (EA), vendo-a como via que possibilitaria trazer as realidades dos alunos para dentro da sala de aula, e para o centro do planejamento de nossa prática.

Faremos neste relatório uma análise de nossa prática durante o estágio. Desta forma pretendemos compartilhar com os leitores deste relatório as experiências mais significativas que ocorreram no transcurso de desenvolvimento do nosso estágio.

REGISTROS DAS AULAS

12 de maio de 2008

No primeiro dia de aula, fomos surpreendidos com o envolvimento dos alunos. Quando começamos levantar os conhecimentos prévios dos alunos ficamos surpresos com a coerência das respostas.

Ao iniciarmos a leitura, fizemos intervenções para melhor compreensão e interpretação do texto, com a participação dos alunos. Ao retornar ao quadro de respostas, analisamos o texto e comparamos com as respostas dos alunos, fazendo um paralelo entre os dois (texto e resposta) e comparando com a problemática atual da destruição do meio ambiente e o armazenamento de lixo, etc.

Mas, o que nos deixou muito satisfeitos foi à maneira como receberam a atividade de produção textual. Os alunos esperavam que pedíssemos para fazer uma cópia do texto, porém pedimos que fizessem uma produção textual. A partir disto os alunos começaram a nos questionar e a também a se questionar:

- Você não vai mandar agente copia no caderno?
- E eu vou escrever como?
- Você quer que agente pense? Não é!
- É isto? Quer que eu escreva do jeito que sei?

Dessa maneira eles começaram a quebrar a barreira da cópia e partiram para produção. Foi perceptível a dificuldade que alguns alunos tiveram em produzir um texto, apenas dois alunos (Videval e Luana) não conseguiram produzir. Porém, a aluna Luana escreveu várias letras, em seguida pedi que fizesse a leitura, e ela disse o que pensava estar escrito em suas enumeras letras. Quando partimos para socialização, percebemos a satisfação dos alunos em ler suas produções.

Assim, foi nosso primeiro dia de estágio, percebemos que este foi cheio de surpresas e bastante produtivo. Esperamos que os próximos continuem desta forma, com um bom envolvimento dos aluno nas atividades, discutindo, produzindo textos, para que possamos continuar motivados para realizarmos um ótimo trabalho e conseguir desenvolver atividades que resultem em aprendizagens significativas.

20 de maio de 2008

No primeiro momento da aula, fizemos o levantamento dos conhecimentos prévios e dialogamos com os alunos sobre a problemática ambiental da água. Durante este dialogo, houve muitos questionamentos dos alunos, teve uma dúvida do aluno Rafael que instigou a sala inteira, dado um novo direcionamento a aula; ele perguntou:

- O que tem mais no planeta água ou terra?

Para tentar levar os alunos a uma reflexão e compreensão, dialogamos sobre esta situação problema gerada a partir da dúvida do(s) aluno(s), utilizando o globo terrestre da escola, o que os deixou curiosos para saber o que era aquele o objeto:

- O que esta bola colorida?

Nosso ponto de partida foi perguntar se conheciam aquele objeto, até chegarmos à conclusão do que era globo terrestre; depois pedimos para que identificassem a água e a terra; retornamos a pergunta; - o que tem mais no planeta água ou terra?

Assim contextualizamos a dúvida do colega, ao perceber a quantidade de água. Curiosos como são, surgiu outra pergunta: - por que a água iria acabar? Retornamos a pergunta para o grupo, teve várias respostas: - porque o povo joga água fora, lava carro, calçada... Daí perguntamos a eles: como se chama tudo isso que vocês nos falaram? “desperdício de água”.

Fizemos um convite para fazermos a leitura do texto “Declaração dos direitos da água”. Interpretamos, dialogamos e fizemos outro convite, a dinâmica do caça ao tesouro, que trouxe um entusiasmo e espírito de equipe para os alunos. De todas as atividades que proporcionamos até o momento, penso que foi a que desenvolveram com mais envolvimento e com o real espírito de equipe, pois todos os alunos participaram de todas as etapas das atividades. Principalmente, depois do momento da montagem do texto, onde os alunos interpretaram e apresentaram o mesmo, estes foram os argumentos dos grupos para justificar a preservação e os cuidados com a água:

Grupo 1: - O cuidado que tem que ter com a água para ficar sempre limpa.
Grupo 2: - A água pode acabar e que precisa se tratada.
Grupo 3: - Não pode desperdiçar a água e não pode jogar lixo no esgoto, que as pessoas não consegue viver sem a água.
Grupo 4: - A água faz parte do planeta, e se secar morre de sede e fome, é um patrimônio do planeta.

No segundo momento, propulsemos a produção de um texto de “como chega à água na sua casa”? Fizemos a socialização para fechar este dia inesquecível.

ANÁLISE

A prática do estágio supervisionado que vivenciamos, demonstra a importância de todo um processo de formação. Pois, ao nos depararmos com a realidade da sala de aula, tivemos uma fundamentação concreta das reflexões teórico-metodológicas construídas durante o curso de pedagogia.

Neste aspecto o estágio nos favoreceu para superar obstáculos, construídos a partir do distanciamento entre a teoria e a prática pedagógica, que foi formado por não termos vivenciado até então a prática enquanto professores no ensino fundamental. No entanto, esta insegurança foi transformada na ampliação do fazer pedagógico, através da reflexão sobre e na ação profissional desenvolvidas no espaço escolar.

Esta passagem pelo ensino fundamental nos proporcionou compreender o “saber sobre” e o “saber como” educar, transformado em um aprendizado teórico e prático que fomentou a nossa formação. Entendendo que estes dois elementos teoria-prática que vivenciamos durante o estágio são indissociáveis.

Desta forma, sabemos que a escola é uma grande rede de interações sociais. E para que essa rede funcionasse como instrumento de aprendizagem, foi importante que houvesse uma boa relação entre os envolvidos neste processo: direção, regente, estagiários e alunos. Sabendo de tal importância e com total apoio da escola, traçamos o projeto com metodologias simples que possibilitasse a construção de aprendizagens significativas.

A análise de nossa prática era permanente, a reflexão sobre a ação era posta a todo o momento, desta forma, redimensionamos alguns pontos do projeto, e do planejamento diário, a flexibilidade fazia parte deste contexto, pois possibilitava construir estratégias que resolvessem os problemas tanto de ordem individual quanto coletiva.




CONSIDERAÇÕES FINAIS

Angélica Dourado Colpo

“Refletir sobre este processo de ensino-aprendizagem é pensar em propostas e alternativas pedagógicas que estabeleça uma consonância com as novas demandas educacionais. Para esta realidade, era trazer uma proposta contextualizada e interdisciplinar de conhecimentos para favorecer aprendizagens significativas.

Lançamos esta proposta, e parecia que tivesse descobrindo o grande tesouro. Feliz daquele professor que se fomentar nas teorias de Morin que fala da capacidade de contextualizar e englobar o conhecimento, Ausubel que traz a perceptiva do material potencialmente significativo, dentre outros teóricos que traz outras contribuições teóricas metodológicas para fomentar a prática do professor.

Partindo do estágio tanto da educação infantil quanto o ensino fundamental, vejo a importância enquanto graduando de interferir na realidade, como sujeito autônomo que não apenas reproduz o que vivenciamos na graduação, mas que, através de estudos, leituras, da criatividade, reconstroem sua vida e transforma sua realidade. Assumindo um importante papel na transformação da sociedade.

Portanto, neste emaranhando de palavras, de sentimentos, percebo a importância de todos aqueles co-autores que mim ajudaram na construção do novo significado que propiciou o prazer da descoberta, do conhecer, o ensino fundamental.”






Danilo Pereira da Rocha

“Ninguém poder construir em teu lugar as pontes que precisaras passar, para atravessar o rio da vida – ninguém, exceto tu, só tu”
Nietzsche

“Esta frase de Nietzsche me guia desde o primeiro estágio, por que encontro nela uma verdade que, para mim, é incontestável, a verdade de que somente eu posso construir os conhecimentos necessários para que possa estabelecer a minha identidade enquanto profissional da educação.

As pontes construídas neste estágio, ainda mais que no anterior, foram fundadas sobre uma base teórica muito resistente, que possibilitou uma práxis incessante e coerente. O meu aprendizado neste estágio me leva a refletir sobre o maior papel da educação escolar: tornar todos os indivíduos aptos a exercer a cidadania plena; acredito que a escola só alcançara esta meta quando compreender o conhecimento como algo em processo de construção, e construir o ensino com base no que é mais significativo para o aluno.

A vida não termina com o fim do estágio, pelo contrario só se renova, por isso o processo de construção de pontes será eterno, serão diversos os rios que terei que cruzar, seus cursos mudam a cada segundo, como muda os rumos de minha vida, mas o que serei depende do que fui, do que construí, por isso este estágio, estas pontes são importante por que me guiaram para meu futuro.”


REFERÊNCIA

CARNEIRO, Sônia Maria Marchiorato. Fundamentos epistemo-metodológicos da educação ambiental. Educ. rev., Curitiba, n. 27, 2006.
Disponível em: . Acesso em: 26/04/2008.


ESTEBAN, Maria Teresa. Práticas Avaliativas na Pedagogia de Projetos. IN: SILVA, Janssen Felipe. Avaliação e Aprendizagem Significativas.
Disponível em: < http://www.tvebrasil.com.br/salto/boletins2002/aas/aas0.htm > Acessado em: 25/04/2008

LEFF, E. Epistemologia ambiental. Tradução: S. Valenzuela. São Paulo: Cortez,
2001.

PEDRINI, Alexandre de Gusmão (org.). Educação Ambiental: reflexões e práticas contemporâneas. 2 ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 1998.


MORIN, Edgar. A cabeça bem feita: repensar e reforma, reformar o pensamento. Rio de
Janeiro, RJ: Bertrand, 2006.

NETO, José Augusto da Silva Pontes. Teoria da Aprendizagem Significativa de David Ausubel: perguntas e respostas.
Disponível em: < http://www.ucdb.br/serieestudos/publicacoes/ed21/08_Jose_Augusto.pdf >
Acessado em: 13/04/2008.

PELIZZARI, Adriana. Teoria da Aprendizagem Significativa Segundo Ausubel.
Disponível em: < http://www.bomjesus.br/publicacoes/pdf/revista_PEC/teoria_da_aprendizagem.pdf >
Acessado em: 13/04/2008.

PEDRINI, Alexandre de Gusmão (org.). Educação Ambiental: reflexões e práticas contemporâneas. 2 ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 1998.

LER, ESCREVER, CONTAR E REFLETIR: CONSTRUINDO APRENDIZAGENS SIGNIFICATIVAS A PARTIR DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL. ANGÉLICA DOURADO COLPO & DANILO ROCHA

JUSTIFICATIVA

Ao realizar as observações na Escola Luiz Viana Filho, na cidade de Ibititá, podemos perceber que o ensino ainda esta ligado a concepções fragmentária do conhecimento, se concentrando nas disciplinas de português e matemática, contudo essa massificação não vem garantindo o aprendizado dos alunos, o que nos incita a refletir sobre outras formas de pensar o ensino.

Esta reflexão leva-nos a pensar que um ensino baseado na interdisciplinaridade, poderia possibilitar aos alunos o acesso aos saberes que lhes vem sendo negado, visto que há uma supervalorização do ensino da língua portuguesa e da matemática, e da desvalorização da geografia, ciências e história. Pensar o ensino numa perspectiva interdisciplinar possibilita a (re)ligação dos conhecimentos e a construção do pensamento complexo, fomentando o desenvolvimento de aprendizagens significativas.

Desta forma, o presente projeto parte do princípio que os conteúdos de português e matemática podem ser trabalho junto com os conteúdos das disciplinas de geografia, ciências e história, de uma forma interdisciplinar. Escolhemos então como tema articulador desta interdisciplinaridade a Educação Ambiental (EA), que é entendida neste projeto não apenas como uma via para preservação do meio-natural, mas uma forma de educar para a cidadania plena.


OBJETIVO GERAL

• Possibilitar a construção de aprendizagens significativas a partir da temática Educação Ambiental como elo para a construção de uma cidadania plena em que o respeito às relações ambientais sejam enfatizados.

OJETIVOS ESPECIFICOS

CONCEITUAIS

• Compreender a problemática do lixo.
• Construir a idéia de consumo consciente.
• Compreender o que é paisagem.
• Construir a idéia de seqüência numérica.
• Compreender a importância do ambiente.
• Compreender a importância do consumo consciente e da preservação da água.

PROCEDIMENTAIS

• Ler imagens em movimento.
• Produzir texto escrito.
• Discutir sobre a importância do consumo consciente
• Produzir lixeiras de material reciclado
• Dialogar com os colegas sobre os assuntos.
• Ler e escrever uma carta.
• Trabalhar em grupo.
• Desenhar a paisagem do local onde moram.
• Expressar- se sobre o conteúdo.
• Discutir sobre a importância e as formas de utilização da água.
• Trabalhar em grupo.
• Ler e discutir os Direitos da água.
• Pesquisar como era o fornecimento de água em Ibititá antes de eles nascerem.
• Realizar operações matemáticas: adição e subtração.
• Analisar o consumo de água de suas casas
• Produzir reescrita da musica “Planeta água” de Guilherme Arantes.
• Produzir e realizar campanha sobre a importância de preservação e do consumo consciente da água.

ATITUDINAIS

• Respeita o ambiente (meio-humano e meio-natural) como forma de preserva a sobrevivência da espécie humana.

FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Sabemos que a produção do conhecimento acontece principalmente pela capacidade de contextualizar e englobar (MORIN, 2006) que sugere outra organização de conhecimentos de modo a superar a abordagem linear e fragmentada dos conteúdos.

Nesta perspectiva, o ensino deveria ser interdisciplinar favorecendo aprendizagens significativas, que ocorrem quando material potencialmente significativo é incorporado a uma estrutura cognitiva, de forma substantiva e não arbitraria. (AUSUBEL, apud NETO, s.d.) Segundo a teoria ausubeliana a psicologia educacional deveria se reduzir a um único principio: o que a nova aprendizagem deveria deve ser relacionada com que o aluno já conhece. (NETO, s.d) Em outras palavras: o ensino deve encontrar ressonância na estrutura cognitiva do aluno. Tomando a teoria sócio-construtivista como norte diríamos que o professor precisa trabalhar na zona de desenvolvimento proximal do aluno.

Contudo para que haja a aprendizagem significativa são necessárias duas condições: a primeira é que o aluno precisa ter uma disposição para aprender: se o indivíduo quiser memorizar o conteúdo arbitrariamente e literalmente, então a aprendizagem será mecânica Em segundo, o conteúdo escolar a ser aprendido tem que ser potencialmente significativo, ou seja, ele tem que ter lógica e ser psicologicamente significativo: o significado lógico depende somente da natureza do conteúdo, e o significado psicológico é uma experiência que cada indivíduo tem. Cada aprendiz faz uma filtragem dos conteúdos que têm significado ou não para si próprio. (Pelizzari, s.d.)

Nesta perspectiva de construir aprendizagens significativas, é que traremos a Educação Ambiental (EA), que faz do ambiente e dos problemas sócio-ambientais base para o processo educativo, entendendo ambiente como sendo o conjunto de inter-relações dos seres humanos entre si (meio social) e destes com a natureza não humana (meio natural) “num contexto espácio-temporal mediado por saberes locais, tradicionais e científicos” (CARNEIRO, 2006)

Alexandre Pedrini (1998) diz que a EA teria que ser um processo permanente porque a sociedade evolui rapidamente e se faz necessário que se adapte e reflita sobre esse processo e suas conseqüências sócio-ambientais, global e interdisciplinar porque os problemas ambientais não têm fronteiras geográficas, as fronteiras nacionais não impedem a poluição atmosférica, poluição fluvial ou marítima, destruição de florestas, etc. e nem de áreas do conhecimento. A interdisciplinaridade é à base da EA, sendo articuladora integradora de diferentes disciplinas e saberes sociais (locais, tradicionais e populares), constituindo meio para construção partilhada do conhecimento, e comportando a desconstrução do pensamento disciplinar.

A EA é um processo de humanização, que ocorre no meio humano com a finalidade especifica de torna os indivíduos participantes do processo civilizatório e responsáveis por levá-lo adiante. Assim, educar ambientalmente significa ao mesmo tempo preparar as crianças e os jovens para se elevarem ao nível da civilização atual - da sua riqueza e dos seus problemas - para ai atuarem.

METODOLOGIA

Segundo Leff (2001) o que norteia metodologicamente a pratica voltada para a EA, é o paradigma da complexidade, este implica na revolução do pensamento e das praticas educativas, que não se relacionam apenas ao aprendizado de fatos novos, mas também com a desconstrução de princípios epistemológicos da ciência moderna, envolvendo a construção de novos saberes e de uma nova racionalidade, que permitam às atuais e futuras gerações novas maneiras de se relacionar com o mundo.

Por conseqüência, a abordagem de conteúdos deverá voltar-se mais a um foco multicausal dos problemas sócio-ambientais e à busca de soluções alternativas do que a diagnósticos e análise de efeitos presentes; para tanto, impõe-se partir de situações locais e regionais para as questões globais, tanto em nível nacional quanto internacional. E as reflexões sócio-ambientais serão articuladas pelas práticas educativas, mediante as dinâmicas da interdisciplinaridade numa convergência dialógica entre as diferentes áreas de conhecimentos científicos e saberes sociais (tradicionais, populares).

Estaremos lançando mão de pesquisas, trabalho em individual e grupo, leitura de textos, imagens e vídeos, produção textual e de desenhos, etc.. Tendo como objetivo possibilitar a construção de aprendizagens significativas.

DESENVOLVIMENTO

1º, 2º e 3º Dia

Objetivos
• Compreender a problemática do lixo.
• Construir a idéia de consumo consciente.
• Ler imagens em movimento.
• Produzir texto escrito.
• Discutir sobre a importância do consumo consciente.
• Produzir lixeiras de material reciclado.

 Leitura do texto: as primeiras cidades, os primeiros lixos.
 Produção sobre onde é armazenado o lixo em casa.
 Caça palavras.
 Jogo “Preservando o ambiente”.
 Para Casa: entrevistando seus pais.
 Retomando o Para Casa: construindo o quadro resposta.
 Vídeo: ta limpo!
 Produção de lixeiras com materiais reciclados.

4º e 5º Dia

Objetivos
• Compreender o que é paisagem.
• Dialogar com os colegas sobre os assuntos.
• Ler e escrever uma carta.
• Construir a idéia de seqüência numérica.
• Trabalhar em grupo.
• Desenhar a paisagem do local onde moram.
• Expressar- se sobre o conteúdo.
• Compreender a importância do ambiente.

 Dialogar sobre o lugar onde os alunos moram.
 Desenhar o local onde moram.
 Passeio no bairro: observando a paisagem e os números das casas.
 Discutir sobre a paisagem do bairro.
 Explicar o que são elementos naturais, construídos e modificados pelas pessoas.
 Escrever um texto relatando a paisagem que viram.
 Construção de uma tabela numérica com a numeração das casas.
 Trabalhar com seqüência numérica.
 Jogo da Paisagem.




6º, 7º, 8º, 9º Dia

Objetivos

• Discutir sobre a importância e as formas de utilização da água.
• Trabalhar em grupo.
• Ler e discutir os Direitos da água.
• Pesquisar como era o fornecimento de água em Ibititá antes de eles nascerem.
• Realizar operações matemáticas: adição e subtração.
• Analisar o consumo de água de suas casas
• Produzir reescrita da musica “Planeta água” de Guilherme Arantes.
• Compreender a importância do consumo consciente e da preservação da água.
• Produzir e realizar campanha sobre a importância de preservação e do consumo consciente da água.

 Discutir as forma de utilização da água.
 Em busca dos direitos da água.
 Leitura e discussão dos direitos da água.
 Discutir como a água chega à casa dos alunos.
 Conhecendo a história do fornecimento de água em Ibititá.
 Essa água é grátis? Quanto pagamos por ela?
 Para Casa: calcular o consumo de água e de luz de suas casas.
 Analisando o consumo.
 Leitura e reescrita da musica “Planeta água” de Guilherme Arantes.
 Onde esta a palavra?
 Produção sobre a importância da preservação da água.
 Produzir e realizar campanha sobre o consumo consciente e a importância da preservação da água.





10º Dia

Objetivos

• Avaliar de maneira lúdica o nível de compreensão dos assuntos por parte dos alunos;
• Retomar os assuntos trabalhados durante o estágio;
• Brincar;
• Trabalhar em grupo;

 Jogo “Passa ou Repassa”


AVALIÇÃO

Tradicionalmente, avaliar tem se confundido com a possibilidade de medir a quantidade de conhecimentos adquiridos pelos alunos, considerando o que foi ensinado pelo professor. Essa avaliação, através das classificações que promove, define o lugar de cada aluno, atuando no sentido de isolá-lo dos demais pela constante negação dos sujeitos que a busca da homogeneidade impõe. Segundo Esteban (s.d.) o isolamento dificulta que a heterogeneidade enriqueça o processo e que cada um atue para saber mais, ampliando suas possibilidades individuais, sem deixar de investir nas possibilidades de ampliação dos conhecimentos de todo o grupo.
Esta perspectiva de avaliação reduz a dinâmica do processo ensino/aprendizagem e esvazia a riqueza que se anuncia com a explicitação da diversidade. Muito mais interessante é redefinir o sentido da avaliação, para que ela seja parte da prática pedagógica, inserida no movimento proposto pelo projeto, e possa dialogar com a diferença que tece a dinâmica escolar, fazendo da diversidade um elemento significativo para o processo de ampliação dos conhecimentos de todos. Como evidencia o conceito de zona de desenvolvimento proximal, a interação entre sujeitos com conhecimentos diferentes potencializa a aprendizagem e o desenvolvimento. A diferença nos ajuda a compreender que somos sujeitos com particularidades, com experiências próprias, constituídas nos processos coletivos de que participamos dentro e fora da escola; posta em diálogo, enriquece a ação pedagógica.
A avaliação neste projeto tem um horizonte móvel, indefinido, pois não trabalha a partir de uma única resposta esperada, mas indaga as muitas respostas encontradas, os diferentes caminhos percorridos, os múltiplos conhecimentos anunciados, com o sentido de ampliação permanente dos conhecimentos existentes. Assim, o aluno pode ir se sentindo livre para dar a sua resposta, mesmo que diferente da resposta padronizada, porque sua resposta será admitida como conhecimento e, como tal, será considerada em processo de construção.


RECURSOS
Os recursos utilizados no desenvolvimento das atividades serão: televisão, DVD, filmes, material para reciclagem, textos, imagem e músicas. A utilização desses materiais auxiliará no processo de compreensão dos conteúdos, contribuindo para o desenvolvimento das aprendizagens.


CROMOGRAMA

DATA
Observação 11 a 18 de Março
Relatório de Observação 03 de Abril a 28 de Março
Elaboração do Projeto 11 a 28 de Março
Execução do Projeto 12 a 26 de Maio
Avaliação do Projeto Durante todo o estágio
Avaliação do Estágio Março a Junho


REFERÊNCIA

CARNEIRO, Sônia Maria Marchiorato. Fundamentos epistemo-metodológicos da educação ambiental. Educ. rev., Curitiba, n. 27, 2006.
Disponível em: . Acesso em: 26/04/2008.


ESTEBAN, Maria Teresa. Práticas Avaliativas na Pedagogia de Projetos. IN: SILVA, Janssen Felipe. Avaliação e Aprendizagem Significativas.
Disponível em: < http://www.tvebrasil.com.br/salto/boletins2002/aas/aas0.htm > Acessado em: 25/04/2008

LEFF, E. Epistemologia ambiental. Tradução: S. Valenzuela. São Paulo: Cortez,
2001.

PEDRINI, Alexandre de Gusmão (org.). Educação Ambiental: reflexões e práticas contemporâneas. 2 ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 1998.


MORIN, Edgar. A cabeça bem feita: repensar e reforma, reformar o pensamento. Rio de
Janeiro, RJ: Bertrand, 2006.

NETO, José Augusto da Silva Pontes. Teoria da Aprendizagem Significativa de David Ausubel: perguntas e respostas.
Disponível em: < http://www.ucdb.br/serieestudos/publicacoes/ed21/08_Jose_Augusto.pdf >
Acessado em: 13/04/2008.

PELIZZARI, Adriana. Teoria da Aprendizagem Significativa Segundo Ausubel.
Disponível em: < http://www.bomjesus.br/publicacoes/pdf/revista_PEC/teoria_da_aprendizagem.pdf >
Acessado em: 13/04/2008.

PEDRINI, Alexandre de Gusmão (org.). Educação Ambiental: reflexões e práticas contemporâneas. 2 ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 1998.

RELATÓRIO DE OBSERVAÇÃO: REFLEXÕES SOBRE O ENSINO NAS SERÉIS INICIAS. ANGÉLICA DOURADO COLPO & DANILO PEREIRA DA ROCHA

Apresentação

Neste relatório expomos nossas reflexões sobre as observações feitas na segunda série do Ensino Fundamental da Escola Luiz Viana Filho. Esta etapa que antecede o estágio é de máxima importância para contato inicial com o grupo no qual será efetivado o estágio, propiciando meios que subsidiem a construção do projeto.

Vemos também o período de observação como meio de refletir sobre as práticas existentes no sistema educacional brasileiro. As reflexões feitas por nós neste relatório foram construídas com bases nos conhecimentos desenvolvidos através dos nossos estudos no curso de Pedagogia, pela Universidade do Estado da Bahia, no Campus XVI.

Introdução

Ao iniciar o 7º período foi proposto pela disciplina de Estágio e Pesquisa a realização do estágio de observação nas séries iniciais do ensino fundamental. Com este propósito, realizamos as observações na Escola Luiz Viana Filho, situado à Rua Otaviano Marques Dourado, na cidade de Ibititá no período de 11 a 18 de março de 2008.

O presente relatório se divide nas seguintes partes: primeiramente apresentamos a escola e seus aspectos, logo após, mostramos a ausências das disciplinas de Geografia, Ciências e história do conteúdo ensinado durante o período de observação, a seguir refletimos sobre o ensino da Língua Portuguesa e também sobre o ensino da Matemática, e finalizamos com nossas considerações.

A Escola

A unidade escolar, Escola Luiz Viana Filho, foi construída na década de 70, atualmente conserva a mesma estrutura física, com algumas modificações. Sendo composta por 7 salas de aula, secretaria, cantina, banheiros e uma área livre que é chamada de quadra. A escola possui 330 alunos, nos turnos matutino e vespertino, com uma variação de 22 a 30 alunos por sala. Estes são carentes, moradores de bairros periféricos e da Zona Rural. A escola tem um quadro de 19 professores; sendo que destes, 10 fazem graduação na rede UNEB-2000 e 6 fazem formação continuada no programa Gesta (português e matemática).

A unidade possui equipamentos básicos, como o mimeografo, som e TV, e o material didático, papel oficio, e o livro didático enviado recentemente pelo Mistério da Educação, porém, alguns professores não iram utilizá-los, o motivo segundo eles é que iram trabalhar “com os livros que já utilizam há anos, e que estão acostumados.”

A interdisciplinaridade como meio para compreensão do mundo

Durante as observações percebemos que o ensino das disciplinas de Ciências, Geografia e História, fora excluídas do planejamento do professor. Entendemos que a sua prática pedagógica esta permeada de uma concepção que vê o ensino de forma separada, fragmentada, caracterizando o ensino dessas disciplinas como pouco significativas. Deste modo, as disciplinas de Português e Matemática obtiveram uma valorização demasiada, o que transpareceu que o mais importante na 2ª série do ensino fundamental é aprender a ler e a contar.

Nesta perspectiva educacional, constata-se que o ensino dessas disciplinas (Ciências, Geografia e História), estava colocado à margem da prática instituída em sala de aula no período da observação (11 a 18/03//08), se esses os conhecimentos não possibilitassem o trabalho sistematizado da leitura e da escrita, justamente por não conseguirem perceber a interdisciplinaridade como eixo pedagógico. De acordo com Straforini (2002),


Sabemos que nos primeiros ciclos do ensino fundamental o ensino de Geografia, assim como as outras disciplinas que não sejam Português e Matemática, ocupam um papel secundário, muitas vezes irrelevante no cotidiano da sala de aula. Sabemos que este problema decorre da falta de discussões teóricas, metodológicas e epistemológicas, bem como do grande problema na formação dos professores das séries iniciais, que assumem as suas dificuldades perante a discussão teórica das referidas disciplinas (p. 96).


Desse modo, o processo de ensino-aprendizagem mostra-se fragmentado, descontextualizado e que não explora os limites de cada campo disciplinar. Numa prática de ensino com essas características, há poucas evidências que possa gerar aprendizagens significativas. Sabemos que a produção do conhecimento acontece principalmente pela capacidade de contextualizar e englobar (MORIN, 2006) que sugere uma outra organização de conhecimentos de modo a superar a abordagem linear e fragmentada dos conteúdos. Sob este enfoque é que acreditamos que o ensino deveria ser interdisciplinar favorecendo aprendizagens significativas, que permitam a percepção do mundo como um todo, possibilitando um conhecimento global, e não uma noção fragmentada da realidade (SANTOMÉ, 1998).

Contudo, entendemos que a regente não tem cursos de formação continuada com suporte teórico necessário para trabalhar com situações que transcendem a visão tradicional, a sua postura revela uma visão limitada do que seus alunos precisam aprender. O que nos deixou preocupados. Transparecendo que para os alunos seria suficiente saber ler e contar, o que não é verdade, pois vivemos em uma sociedade que exige cada vez mais de conhecimentos complexos e interligados, visto que os problemas atuais não podem mais ser compreendidos pela ótica de apenas uma disciplina.

Para esse processo torna-se imprescindível a mudança nas ações da prática pedagógica da professora, visto que o seu papel é de orientar, mediar na construção do conhecimento para obter resultados positivos. Vygotsky (1993) diz que é fundamental para a construção do conhecimento a interação com o outro, sendo que a ótica de interação sócio-afetiva sugere um professor inovador e criativo que facilite o desenvolvimento integral dos alunos, isto é, um professor criador de ambientes de aprendizagem, climas, situações, contextos e ambientes estimuladores nos quais os alunos se envolvam nas aprendizagens.

Desta forma as nossas observações ficaram limitadas, porém instigantes. A nossa reflexão agora passa no sentido de como gerar um processo de aprendizagem no qual os conhecimentos tenham algum significado para os alunos, e que contribua para uma real compreensão e enfretamento da realidade.

Copiar, copiar e copiar: o ensino de Português.

Em nossas observações podemos perceber que o ensino da língua portuguesa, ou melhor, o ensino da leitura e da escrita, ainda esta preso a uma concepção que valoriza a fragmentação não só do texto em palavras desconexas do sentido original, mas também do conhecimento, que se separa em disciplinas, sem relação entre - si.

O ensino consiste na leitura pela professora de pequenos textos, alguns sem lógica, e na copia pelos alunos de palavras retiras destes textos. Não existindo produções espontâneas, apenas meras copias mecânica. Foucault (apud, MARTINS) diz que, sendo a instituição escolar um aparelho do Estado voltado para a disciplinarização dos estudantes, este objetivo disciplinar incorpora-se com a linha autoritária de ensino, voltada para a cópia, para os exercícios repetitivos.

Neste processo de disciplinarização negam-se as culturas advindas das camadas populares de tal forma a domesticar, não só as mentes, mas também os corpos e as vontades, nesta perspectiva de ensino as crianças são meros robôs que devem apenas movimentar as mãos para fazer as copias, não refletindo sobre como se escreve, e nem sobre a funcionalidade social da escrita.

Os Parâmetros Curriculares Nacionais para Língua Portuguesa (BRASIL, 2003) aponta como umas das principais dificuldades que as escolas encontra no ensino da língua portuguesa é de não garantir o uso eficaz da linguagem (escrita e falada), assim a escola não consegue mostrar a funcionalidade da linguagem para os alunos.

“O domínio da língua tem estreita relação com a possibilidade de plena participação social, pois é por meio dela que o homem se comunica, tem acesso à informação, (...) produz conhecimento.” (BRASIL, 2003, p. 21) Nesta perspectiva o ensino da língua portuguesa é pensado levando em consideração a linguagem que os alunos já utilizam, cabendo então a escola ampliar o repertório lingüístico dos alunos.

O ensino da matemática

Como já foi dito anteriormente durante nossas observações presenciamos apenas aulas de português e matemática, contudo, a presença quase massificante destas disciplinas não garantiam o aprendizado. O que nos leva a questionar quais motivos impendem o desenvolvimento do aprendizado dos alunos. Porém não pretendemos aqui responder diretamente a esta pergunta, traremos aqui pontos do roteiro de observação, fazendo análise com base em estudos que tentam entender um problema nacional, que é o fracasso do ensino da matemática.

No primeiro dia de observação, aula inicio-se com a correção das atividades de casa, os exercícios de matemáticas consistiam em completar as seqüências numéricas, que eram as seguintes:

• 35, 36, 37, 38, 39.
• 45, 46, 47, 48, 49.
• 55, 56, 57, 58, 59.
• 65, 66, 67, 68, 69.

Diante deste exercício podemos perceber que a atividade mental dos alunos é subestimada, privando do desenvolvimento de suas potencialidades cognitivas. Na correção que foi feita pelos alunos, apenas o ultimo não escreveu o número 7 de forma espelhada, sendo que o primeiro aluno percebeu o erro e corrigiu, a professora só percebeu o erro do terceiro aluno, alertada pelos alunos que o segundo também estava errado ela chamou o aluno para corrigir.

A sala é organizada em forma de “U”, possuindo ainda duas filas horizontais de com três mesas cada, o que facilita a interação entre os alunos, aqueles com maior facilidade na resolução dos exercícios “ajudam” aos outros resolvendo as atividades para eles. As atividades eram sempre repetitivas, o que segundo Chagas (s.d.), acarreta por parte dos alunos, futuras memorizações de como estes exercícios forma resolvidos.

A matemática é simples e cotidiana, pois foi construída a partir de necessidades do homem de dominar a natureza, garantindo a sua sobrevivência, como também, considerando o aspecto transcendental do homem, de responder aos seus anseios. (DUARTE, s.d.) Pensando desta forma, percebemos a importância da contextualização para o ensino da matemática, para Biaggi (2000), "não é possível preparar alunos capazes de solucionar problemas ensinando conceitos matemáticos desvinculados da realidade, ou que se mostrem sem significado para eles, esperando que saibam como utilizá-los no futuro". Só assim teremos uma aprendizagem significativa, pois o novo conhecimento será acrescentado aos anteriores, não se justapondo, mas se interligando como os fios de uma rede.




Considerações Finais

Durante as observações podemos perceber o quanto o ensino ainda esta voltada para concepções tradicionais, que fragmentam e descontextualizam o ensino, e minimizam as disciplinas que não são Língua Portuguesa e Matemática. Percebemos também as dificuldades que os alunos possuem em desenvolver seus conhecimentos, mas com o tempo de observação curto, e o não conhecimento mais profundo da realidade social das crianças, não nos permite fazer conclusões acerca do que gera essas dificuldades.

Porém, saímos destas observações acreditando ainda mais num ensino interdisciplinar e contextualizado. As relações no mundo fora da escola são feitas como redes que se interligam, o conhecimento cada vez mais se constrói desta forma, a escola enquanto instituição social formadora não pode negar esta realidade, e continuar fragmentando o conhecimento, e privando seus alunos de plena participação social. A escola não pode ser usada como um agente de controle social.


Referência:

BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais: Língua Portuguesa. 3 ed. Brasília: A Secretaria, 2001.

CHAGAS, Elza Marisa de Figueiredo. Educação matemática na sala de aula: problemáticas e possíveis soluções. Disponível em:< http://www.partes.com.br/ed15/educacao.asp > Acessado em: 24/03/2008.

DUARTE, Estefânia Fátima. Contextualização em Educação Matemática. Disponível em: < http://www.divinopolis.uemg.br/revista/revista-eletronica2/artigo1-1.htm > Acessado em: 23/04/2008.

MARTINS, Maria Sílvia Cintra. Novas Tendências para o Ensino da Língua Português. Disponível em: < www.ffcl.edu.br/congresso/textos/Tend%EAncias%20atuais%20no%20ensino%20da%20L%20Portuguesa%20-%20texto.doc > Acessado em: 23/03/2008.

MORIN, Edgar. A cabeça bem feita : repensar e reforma, reformar o pensamento. Rio de
Janeiro, RJ: Bertrand, 2006.

SANTOMÈ, Jurjo Torres. Globalização e Interdisciplinaridade: o currículo integrado.
Porto Alegre: ARTMED, 1998.

STRAFORINI, Rafael. A totalidade mundo nas primeiras séries do ensino fundamental: um
desafio a ser enfrentado. Terra livre, São Paulo, v.1, n.18, p. 95-114, jan/jun. 2002.

VYGOTSKY, Lev Semenovich. Pensamento e Linguagem. São Paulo: Martins Fontes,
1993.

terça-feira, 1 de abril de 2008

relatorio das observações (angelica colpo e danilo rocha)

Apresentação

Neste relatório expomos nossas reflexões sobre as observações feitas na segunda série do Ensino Fundamental da Escola Luiz Viana Filho. As observações feitas são de máxima importância para contato inicial com o grupo no qual será efetivado o estágio, propiciando meios que subsidiem a construção do projeto.

Porém, vemos também o período de observação como meio de refletir sobre as práticas existem no sistema educacional brasileiro. As reflexões feitas por nós neste relatório foram construídas com bases nos conhecimentos desenvolvidos através dos nossos estudos no curso de Pedagogia, pela Universidade do Estado da Bahia, no Campus XVI.

Introdução

Ao iniciar o 7º período foi proposto pela disciplina de Estágio e Pesquisa a realização do estágio de observação nas séries iniciais do ensino fundamental. A fim de contribuir com esta proposta de trabalho, realizamos as observações na Escola Luiz Viana Filho, situado na Rua Otaviano Marques Dourado, na cidade de Ibititá no período de 11 a 18 de março de 2008.

A partir das observações feitas construímos este relatório, que se dividi nas seguintes partes: primeiramente apresentamos a escola e seus aspectos, logo após, mostramos a ausências das disciplinas de Geografia, Ciências e história do conteúdo ensinado durante o período de observação, a seguir refletimos sobre o ensino da Língua Portuguesa e também sobre o ensino da Matemática, e finalizamos com nossas considerações finais.

A Escola

A unidade escolar, Escola Luiz Viana Filho, foi construída na década de 70, atualmente conserva a mesma estrutura física, com algumas modificações. Sendo composta por 7 salas de aula, secretaria, cantina, banheiros e uma área livre que é chamada de quadra. A escola possui 330 alunos, nos turnos matutino e vespertino, com uma variação de 22 a 30 alunos por sala. Estes são carentes, moradores de bairros periféricos e da Zona Rural. A escola tem um quadro de 19 professores; sendo que destes, 10 fazem graduação na rede UNEB-2000 e 6 fazem formação continuada no programa Gesta (português e matemática).

A unidade possui equipamentos básicos, como o mimeografo, som e TV, e o material didático, papel oficio, e o livro didático enviado recentemente pelo Mistério da Educação, porém, alguns professores não iram utilizá-los, o motivo segundo eles é que iram trabalhar com os livros que já utilizam há anos, e que estão acostumados.

A interdisciplinaridade como meio para compreensão do mundo

Durante as observações percebemos que o ensino das disciplinas de Ciências, Geografia e História, fora excluídas do planejamento do professor. Entendemos que a sua prática pedagógica esta permeada de uma concepção que vê o ensino de forma separada, fragmentada, caracterizando o ensino dessas disciplinas como pouco significativas. Deste modo, as disciplinas de Português e Matemática obtiveram uma valorização demasiada, o que transpareceu que o mais importante na 2ª série do ensino fundamental é aprender a ler e a contar.

Nesta perspectiva educacional, constata-se que o ensino dessas disciplinas (Ciências, Geografia e História), estava colocado à margem do prática instituída em sala de aula no período da observação (11 a 18/03//08), como se os conhecimentos dessas disciplinas não fossem válidos para considerá-los como conteúdo do conhecimento escolar. De acordo com Straforini (2002),


Sabemos que nos primeiros ciclos do ensino fundamental o ensino de Geografia, assim como as outras disciplinas que não sejam Português e Matemática, ocupam um papel secundário, muitas vezes irrelevante no cotidiano da sala de aula. Sabemos que este problema decorre da falta de discussões teóricas, metodológicas e epistemológicas, bem como do grande problema na formação dos professores das séries iniciais, que assumem as suas dificuldades perante a discussão teórica das referidas disciplinas (p. 96).


Desse modo, o processo de ensino-aprendizagem mostra-se fragmentado, descontextualizado e que não explora os limites de cada campo disciplinar. Numa prática de ensino com essas características, há poucas evidências que possa gerar aprendizagens significativas. Sabemos que a produção do conhecimento acontece principalmente pela capacidade de contextualizar e englobar (MORIN, 2006) que sugere uma outra organização de conhecimentos de modo a superar a abordagem linear e fragmentada dos conteúdos. Sob este enfoque é que acreditamos que o ensino deveria ser interdisciplinar favorecendo aprendizagens significativas, que permitam a percepção do mundo como um todo, possibilitando um conhecimento global, e não uma noção fragmentada da realidade (SANTOMÉ, 1998).
Contudo, entendemos que a regente não tem cursos de formação continuada com suporte teórico necessário para trabalhar com situações que transcendem a visão tradicional, a sua postura revela uma visão limitada do que seus alunos precisam aprender. O que nos deixou preocupados. Transparecendo que para os alunos seria suficiente saber ler e contar, o que não é verdade, pois vivemos em uma sociedade que exige cada vez mais de conhecimentos complexos e interligados, visto que os problemas atuais não podem mais ser compreendidos pela ótica de apenas uma disciplina.

Para esse processo torna-se imprescindível a mudança nas ações da prática pedagógica da professora, visto que o seu papel é de orientar, mediar na construção do conhecimento para obter resultados positivos. Vygotsky (1993) diz que é fundamental para a construção do conhecimento a interação com o outro, sendo que a ótica de interação sócio-afetiva sugere um professor inovador e criativo que facilite o desenvolvimento integral dos alunos, isto é, um professor criador de ambientes de aprendizagem, climas, situações, contextos e ambientes estimuladores nos quais os alunos se envolvam nas aprendizagens.

Desta forma as nossas observações ficaram limitadas, porém instigantes. A nossa reflexão agora passa no sentido de como gerar um processo de aprendizagem no qual os conhecimentos tenham algum significado para os alunos, e que contribua para uma real compreensão e enfretamento da realidade.

Copiar, copiar e copiar: o ensino de Português.

Em nossas observações podemos perceber que o ensino da língua portuguesa, ou melhor, o ensino da leitura e da escrita, ainda esta preso a uma concepção que valoriza a fragmentação não só do texto em palavras desconexas do sentido original, mas também do conhecimento, que se separa em disciplinas, sem relação entre - si.

O ensino consiste na leitura pela professora de pequenos textos, alguns sem lógica, e na copia pelos alunos de palavras retiras destes textos. Não existindo produções espontâneas, apenas meras copias mecânica. Foucault (apud, MARTINS) diz que, sendo a instituição escolar um aparelho do Estado voltado para a disciplinarização dos estudantes, este objetivo disciplinar incorpora-se com a linha autoritária de ensino, voltada para a cópia, para os exercícios repetitivos.

Neste processo de disciplinarização negam-se as culturas advindas das camadas populares de tal forma a domesticar, não só as mentes, mas também os corpos e as vontades, nesta perspectiva de ensino as crianças são meros robôs que devem apenas movimentar as mãos para fazer as copias, não refletindo sobre como se escreve, e nem sobre a funcionalidade social da escrita.

Os Parâmetros Curriculares Nacionais para Língua Portuguesa (BRASIL, 2003) aponta como umas das principais dificuldades que as escolas encontra no ensino da língua portuguesa é de não garantir o uso eficaz da linguagem (escrita e falada), assim a escola não consegue mostrar a funcionalidade da linguagem para os alunos.

“O domínio da língua tem estreita relação com a possibilidade de plena participação social, pois é por meio dela que o homem se comunica, tem acesso à informação, (...) produz conhecimento.” (BRASIL, 2003, p. 21) Nesta perspectiva o ensino da língua portuguesa é pensado levando em consideração a linguagem que os alunos já utilizam, cabendo então a escola ampliar o repertório lingüístico dos alunos.

O ensino da matemática

Como já foi dito anteriormente durante nossas observações presenciamos apenas aulas de português e matemática, contudo, a presença quase massificante destas disciplinas não garantiam o aprendizado. O que nos leva a questionar quais motivos impendem o desenvolvimento do aprendizado dos alunos, porém não pretendemos aqui responder diretamente a esta pergunta, traremos aqui pontos do roteiro de observação, fazendo análise com base em estudos que tentam entender um problema nacional, que é o fracasso do ensino da matemática.

No primeiro dia de observação, aula inicio-se com a correção das atividades de casa, os exercícios de matemáticas consistiam em completar as seqüências numéricas, que eram as seguintes:

35, 36, 37, 38, 39.
45, 46, 47, 48, 49.
55, 56, 57, 58, 59.
65, 66, 67, 68, 69.

Diante deste exercício podemos perceber que a atividade metal dos alunos é subestimada, privando do desenvolvimento de suas potencialidades cognitivas. Na correção que foi feita pelos alunos, apenas o ultimo não escrevo o número 7 de forma espelhada, sendo que o primeiro aluno percebeu o erro e corrigir, a professora só percebeu o erro do terceiro aluno, alertada pelos alunos que o segundo também estava errado ela chamou o aluno para corrigir.

A sala é organizada em forma de “U”, possuindo ainda duas filas horizontais de com três mesas cada, o que facilita a interação entre os alunos, aqueles com maior facilidade na resolução dos exercícios “ajudam” aos outros resolvendo as atividades para eles. As atividades eram sempre repetitivas, o que segundo Chagas, acarreta por parte dos alunos, futuras memorizações de como estes exercícios forma resolvidos.

A matemática é simples e cotidiana, pois foi construída a partir de necessidades do homem de dominar a natureza, garantindo a sua sobrevivência, como também, considerando o aspecto transcendental do homem, de responder aos seus anseios. (DUARTE) Pensando desta forma, percebemos a importância da contextualização para o ensino da matemática, para Biaggi (2000), "não é possível preparar alunos capazes de solucionar problemas ensinando conceitos matemáticos desvinculados da realidade, ou que se mostrem sem significado para eles, esperando que saibam como utilizá-los no futuro". Só assim teremos uma aprendizagem significativa, pois o novo conhecimento será acrescentado aos anteriores, não se justapondo, mas se interligando como os fios de uma rede.




Considerações Finais

Durante as observações podemos perceber o quanto o ensino ainda esta voltada para concepções tradicionais, que fragmentam e descontextualizam o ensino, e minimizam as disciplinas que não são Língua Portuguesa e Matemática. Percebemos também as dificuldades que os alunos possuem em desenvolver seus conhecimentos, porém com o tempo de observação curto, e o não conhecimento mais profundo da realidade social das crianças, não nos permite fazer conclusões acerca do que gera essas dificuldades.

Porém, saímos destas observações acreditando ainda mais num ensino interdisciplinar e contextualizado. As relações no mundo fora da escola são feitas como redes que se interligam, o conhecimento cada vez mais se constrói desta forma, a escola enquanto instituição social formadora não pode negar esta realidade, e continuar fragmentando o conhecimento, e privando seus alunos de plena participação social. A escola não pode ser usada como um agente de controle social.


Referência:

BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais: Língua Portuguesa. 3 ed. Brasília: A Secretaria, 2001.

CHAGAS, Elza Marisa de Figueiredo. Educação matemática na sala de aula: problemáticas e possíveis soluções. Disponível em:< http://www.partes.com.br/ed15/educacao.asp > Acessado em: 24/03/2008.

DUARTE, Estefânia Fátima. Contextualização em Educação Matemática. Disponível em: < http://www.divinopolis.uemg.br/revista/revista-eletronica2/artigo1-1.htm > Acessado em: 23/04/2008.

MARTINS, Maria Sílvia Cintra. Novas Tendências para o Ensino da Língua Português. Disponível em: < www.ffcl.edu.br/congresso/textos/Tend%EAncias%20atuais%20no%20ensino%20da%20L%20Portuguesa%20-%20texto.doc > Acessado em: 23/03/2008.

MORIN, Edgar. A cabeça bem feita : repensar e reforma, reformar o pensamento. Rio de
Janeiro, RJ: Bertrand, 2006.

SANTOMÈ, Jurjo Torres. Globalização e Interdisciplinaridade: o currículo integrado.
Porto Alegre: ARTMED, 1998.

STRAFORINI, Rafael. A totalidade mundo nas primeiras séries do ensino fundamental: um
desafio a ser enfrentado. Terra livre, São Paulo, v.1, n.18, p. 95-114, jan/jun. 2002.

VYGOTSKY, Lev Semenovich. Pensamento e Linguagem. São Paulo: Martins Fontes,
1993.

quarta-feira, 9 de janeiro de 2008

DE MÃOS UNIDAS PARA BRINCAR DE RODA: RELATO E REFLEXÕES DO ESTÁGIO NA EDUCAÇÃO INFANTIL. ( ANGÉLICA DOURADO COLPO & DANILO PEREIRA DA ROCHA )

Introdução

É muito comum aqui no campus XVI, em Irecê, o ingresso de discentes que fizeram vestibular para o curso de Pedagogia por não haver outro curso público na região. Não podemos negar que este também foi nosso caso. Quando começamos o curso ouvimos que nós nos apaixonaríamos pela Pedagogia, resistimos muitas vezes, mais foi inevitável.

A resistência aconteceu porque não entendíamos o que significava Pedagogia e tão pouco suas especificidades, tínhamos uma idéia distorcida de como era o trabalho do pedagogo (a), o qual nos parecia semelhante ao de uma babá. Ao longo do curso desfeito estes equívocos a Pedagogia passo a ser entendida de outra forma e seus conhecimentos são essenciais a qualquer profissional no contexto educacional.

Nos cursos de docência, como é o de Pedagogia, o estágio é visto pelos alunos como ápice do curso. Nós aguardemos ansiosos pelo estágio, pois como nunca tinha entrado na sala-de-aula como profissionais da educação, seria este o momento de colocar em prática tudo que construímos de conhecimento até o momento.

Neste artigo traremos reflexões sobre nosso estágio, que aconteceu com o grupo três da Creche Mãe Du, na cidade de Ibititá, no período entre vinte de outubro à primeiro de novembro. Tendo o título, “De mãos unidas para brincar de roda: construindo o respeito à diversidade”, cuja temática era o respeito à diversidade.

O projeto

Para a construção do projeto de estágio, foram feitas observações no grupo onde seria realizado o estágio. Logo no primeiro dia de observação podemos presenciar uma atitude discriminatória por parte de uma criança para com um colega. A discriminação aconteceu durante uma brincadeira de roda, quando esta criança negou-se a segurar a mão de seu colega que era negro, analisando mais profundamente o cotidiano do grupo podemos perceber o quanto profundo e enraizado estava o preconceito em algumas daquelas crianças.

Durante seu processo inicial de socialização as crianças aprendem a fazer avaliações, estas se vinculam aos rótulos apesar das crianças terem pouca idéia de que o rótulo significa. Allport (apud, STROMMEN, 1986) chama isso de aprendizagem pré-generalizada porque as avaliações precedem à compreensão clara daquilo que o rótulo significa. Através da aprendizagem pré-generalizada, as crianças são frequentemente instruídas a ter sentimentos negativos a respeito do rótulo uma vez aprendido.

Para Eliane Cavalleiro, a escola ensina a criança negra a silenciar, o que chama de “aprendizado de silêncio”, na medida em que se omite nos conflitos entre as crianças. Assim, a escola através dos professores das crianças pequenas que se negam promover a atitude de manifestações de respeito, reforça os estereótipos e preconceitos.

A partir deste contexto construímos como principal objetivo do nosso estágio possibilitar a construção de atitudes de respeito à diversidade. Para alcançar este objetivo, as atividades desenvolvidas durante o estágio foram baseadas no pressuposto que o ser humano é um ser social, tornando assim a interação o principal recurso metodológico.

Encantando com a hora da roda

À hora da roda, que acontecia esporadicamente no grupo em nosso estagio passo a ser diária, torn-se um importante suporte metodológico para oportunizar a construção valores sócio-morais e cognitivos. Neste momento tivemos oportunidade de conhecer os alunos e suas características, promovendo a construção de uma boa relação de respeito, cooperação e comunicação entre os envolvidos (professor-aluno, aluno-professor).

Com o objetivo de desenvolver nos alunos oralidade e promover a interação dos mesmos por meio de suas vivências, trabalhamos com várias possibilidades para que nossa meta fosse alcançada.

Reportando ao primeiro dia de estágio, a hora da roda, encheu-nos de entusiasmo. Apresentamos-nos a turma e começamos a conversa para conhecê-los, coletamos várias informações de como foi o final de semana, de que brincaram, o que fizeram na casa dos pais, dos avós, o que viram na televisão. Teve cada estória interresante! Até baleia na casa da avó tinha. Que imaginação!

Mas não paramos por aí, instigamos as crianças se conheciam um jornal, para que servia, onde encontrávamos, e quem sabia escrever um jornal? Daí veio um clique, poderíamos fazer um jornal, um jornal desta turma, vocês vão nos ajudar? Partindo deste momento, construímos o jornal da turma, destacando os pontos: o que vi na TV !; minha brincadeira; sessão desenho; o que fiz na casa da vovó; meu diário.

Depois da construção, fizemos o mais importante, a socialização do material produzido pelos alunos. O universo da imaginação era tamanho, que nem cabia direito no papel, pois quando fomos socializar a interpretação do desenho tinha vários significados para um único desenho. Através da hora da roda conhecemos suas diferenças e respeitamos as vivências dos alunos.
Movimentado o corpo

É muito comum as instituições de educação infantil e os pais verem as brincadeiras como secundárias no desenvolvimento das crianças, a importância maior é passada para atividades desenvolvidas em folhas de papel que serão arquivadas em uma pasta e que será entregue aos pais, em dias comemorativos como o dia das mães ou dos pais ou no final do ano letivo.

Bettelheim (apud, Tomazinho, 2003) diz que quando a criança exercita e movimenta seu corpo, sente tanto contentamento que se expressa gritando, falando alto, agitando-se, sem saber qual o motivo dessa alegria. A sala onde estagiamos tinha um espaço físico pequeno que não possibilitava que as crianças se movimentassem , quando levávamos para uma sala com espaço maior, elas começavam a correr sem parecer ter motivo algum. Mas era a felicidade em poder se movimentar e se expressar com – até o momento seu maior meio de comunicação – seu corpo. As atividades de movimento estiveram presentes de diversas formas durante todos os dias do estágio, atividades com obstáculos, corridas, esconde-esconde, e principalmente brincadeiras de roda.

Ao brincar de roda, a criança desenvolve os processos psíquicos, o conhecimento do próprio corpo, a estrutura de linguagem, e também se diverte, com diz Lima (apud, Tomazinho, 2003). As brincadeiras de roda estavam em nosso planejamento, mas as crianças as pediam de forma tão freqüente que varias vezes tivemos que mudar o planejamento. As músicas sempre partiam delas e eram sempre as mesmas, mas que sempre pareciam novas. Novo animo, nova alegria e novo aprendizado.

Nina e Nino: as caixas surpresas

Baseada numa historia, da qual não me recordo o autor, em que uma professora utilizava em suas aulas uma maleta, que não era mágica, mas provocava encantamento sobre as crianças, a professora Edineiram Maciel solicitou que durante o estágio utilizássemos alguma maleta, caixa, baú, saco ou qualquer coisa que encantasse e interagisse como a imaginação das crianças.

Não foi fácil criar uma maleta que se relacionasse com nossa temática de estágio. Depois de muito pensar, e descartar inúmeras idéias, decidimos que nossa maleta seria uma caixa surpresa, ou melhor, dois amigos, um menino e uma menina, um negro e um branco, embutindo assim a idéia norteadora do nosso estágio: o respeito à diversidade.

Lembramos ainda de como os olhos das crianças brilhavam e se questionavam o que eram aquelas duas caixas, era um menino e uma menina? Qual o nome deles? Só a presença das caixas já encantava os alunos, depois de apresentarmos e pedir que eles dessem nomes, Nino e Nina foram escolhidos por eles, uma mágica surgiu como se viesse por encantamento, e as atividades trazidas pelos amigos possibilitavam e deixavam as aprendizagens mais prazerosas.

A construção do respeito

Como já foi dito anteriormente o objetivo maior de nosso estágio era propiciar meios para a construção de atitudes de respeito à diversidade. Como também já foi dito o principal recurso metodológico utilizado foi a interação, pois sendo nosso objetivo desenvolver atitudes, este não poderia ser alcançado apenas oferecendo atividades individuais. Para alcançá-lo era necessário que os alunos interagissem entre eles, com a comunidade escolar, conosco, e consigo.
A interação proporcionou as crianças maior conhecimento das semelhanças e das diferenças entre elas. Porém, é obvio que em apenas dez dias seria impossível desfazer estereótipos já construídos. Contudo, o trabalho com a temática edificou um alicerce para que novos valores fossem construídos. Mas como avaliar se o objetivo foi alcançado? O que nos fez perceber o preconceito em alguns alunos do grupo foi a recusa de um deles em segurar na mão de um colega na brincadeira de roda, ao final do estágio não encontramos mais essa recusa, o que nos faz acreditar que nossa meta foi alcançada.
Conclusão

Este estágio foi por nós muito esperado, porque como ainda não tínhamos experiência com educação, esse seria o momento de colocar em pratica o conhecimento que a faculdade nos impulsionou a construir. Podemos confessar que os medos e as dúvidas de que seriamos capazes de realizar um trabalho de qualidade foram incomensuráveis, até mesmo durante o estágio.

Dúvidas que foram desaparecendo a cada momento que ocorria tudo perfeito, e nos menos perfeitos também. Podemos perceber no final do estágio que conseguimos alcançar nosso objetivo, podemos ver isso quando as crianças brincaram de roda com as mãos dadas, sem preconceitos. Contudo, é certo que aprendemos mais com essas crianças do que eles conosco.

Referências

A IMPORTÂNCIA DAS ATIVIDADES E BRINCADEIRAS CORPORAIS PARA O DESENVOLVIMENTO INFANTIL. Disponível em <
http://www.abpp.com.br/abppprnorte/pdf/a12Tomazinho03.pdf > Acessado em: 10/12/2007
SÓ NÃO ENXERGA QUEM NÃO QUER: RACISMO E PRECONCEITO NA EDUCAÇÃO INFANTIL. Disponível em <> Acessado:20/10/2007

STROMMEN, Ellen A. Psicologia do Desenvolvimento: a criança em idade escolar. Rio de
Janeiro: Campus, 1986.